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2 de fevereiro de 2014

Transformando o Rio de Janeiro em um paraíso turístico

Imagine transformar uma cidade com temperaturas médias de 33o. C, esgoto correndo a céu aberto, enorme desigualdade social e racial num paraíso turístico? Pois foi exatamente isso que ocorreu no Rio de Janeiro. É claro o trabalho foi facilitado pela beleza da paisagem da cidade mas nem por isso foi menos árduo e custoso.

Alguns estudiosos defendem a ideia que o Rio de Janeiro só teve condições de se tornar um destino turístico com a transferência da Corte portuguesa para a cidade e absorção de hábitos europeus por parte da população. Outros sustentam que os pré-requisitos foram as transformações urbanística que a cidade passou no início do século XX.

O fato é que os primeiros guias para viajantes, no século XIX, procuravam vender o Rio de Janeiro com uma cidade com potencial para crescer - literalmente para se investir nela. Ainda não havia a preocupação de divulgar o Rio como um destino turístico.

Apenas em 1907 chega a primeira excursão de turistas, vinda de Nova York, recepcionada pelas autoridades cariocas que se preocupam em mostrar o que de melhor a cidade tinha.

Mas já em 1914 o objetivo era vender o Rio como guia turístico: o governo Hermes da Fonseca patrocina Alured Gray Bell, que lança o guia "The Beautiful Rio de Janeiro", na Inglaterra pela editora William Heinemann.

As fotos abaixo foram publicadas nesse guia  e coloco junto fotos recentes dos mesmos locais. 

Morro do Corcovado


Vista do Pão de Açucar


Rua São Clemente


Duas excelentes fontes que tratam da transformação do Rio de Janeiro em destino turístico:


7 de janeiro de 2014

Rio de Janeiro: trilhas e cachoeiras entre o mar e a montanha e indicação de guia

Um dos aspectos mais fascinantes do Rio de Janeiro é a grande quantidade de opções de lazer proporcionadas por trilhas, cachoeiras e mirantes da cidade. Tais opções de lazer existem por que parte da cidade está imprensada entre o mar e a montanha, que é coberta com a maior floresta urbana do mundo, a Floresta da Tijuca.

No entanto, apesar de tantas opções de lazer existentes, muitos moradores e grande parte dos turistas não as aproveitam pelos seguintes motivos:
  • Como boa parte das trilhas e cachoeiras está situada em morros próximos de comunidades carentes, várias antigamente dominadas pelo tráfico de drogas, havia um risco de encontrar bandidos no meio da mata;
  • Não é fácil encontrar guias que conhecem bem tais locais.
Felizmente para quem quer desfrutar dessas opções de lazer as UPPs retomaram do controle do tráfico de drogas várias áreas da cidade onde existiam trilhas e cachoeiras que deixaram de ser frequentadas pelas pessoas com medo da violência.

O problema é que ainda continua sendo difícil encontrar guias que conheçam bem as trilhas e cachoeiras. Mas isso também está melhorando pois vem crescendo a quantidade de corredores de trilhas no Rio de Janeiro, que passam quase diariamente por trilhas e cachoeiras desconhecidas por grande parte dos cariocas.

Um desses corredores de trilha é o meu amigo Felipe Marotta, vulgo “Gatinho” na Praia do Leblon, conhecedor de uma infinidade de trilhas, cachoeiras e mirantes da cidade. Para quem quer explorá-las aconselho, como fiz, a se informar com o Felipe ou até mesmo contratá-lo para ser o guia da excursão. 

Contatos com o Felipe podem ser feitos por:

Você também pode conhecer um pouco das aventuras (e loucuras...) do Felipe no seu site http://almaaudaz.blogspot.com.br/

Felipe Marota, corredor e grande conhecedor de trilhas
e cachoeiras no Rio de Janeiro

Trilha no Morro da Urca e seu visual por Felipe Marotta


Feita a indicação do Felipe como guia, um site que acho muito legal, com a descrição de várias trilhas, cachoeiras e passeios no Rio de Janeiro é o E-trilhas
Várias opções de trilhas, passeios e cachoeiras no Rio de Janeiro
Como não conheço os guias do E-trilhas, deixo apenas indicação do Felipe.

23 de outubro de 2012

Ônibus do Rio antigo - de 1928 a 1949

Ontem, dia 22/10/2012, aconteceu uma tragédia com um ônibus da Viação 1001 deixando nada menos do que 14 mortos e 15 feridos ao despencar de uma ribanceira na rodovia Rio-Teresópolis (BR 116), na altura de Guapimirin, região metropolitana do Rio de Janeiro.

Um acidente triste cujas causas, no momento que escrevo, ainda não são perfeitamente conhecidas mas que parecem ter fortes indícios de uma falha mecânica dos freios. Pelo relato de várias testemunhas o motorista parece ter sido um herói ao evitar a colisão do ônibus com outros veículos e ao tentar preservar o maior número de vidas:
"Rio -  O motorista Eduardo Fernandes, de 44 anos, morto no acidente com o ônibus da Viação 1001, na Serra de Teresópolis, na altura de Guapimirim, na Baixada Fluminense, pediu aos passageiros que se sentassem e colocassem o cinto de segurança ao perceber a alta velocidade do veículo. Seis parentes de vítimas internadas no Hospital das Clínicas de Teresópolis, confirmaram a informação."

Embora tão criticados, seja pela conduta pouco profissional de vários motoristas, pelo calor infernal, pelo excesso de passageiros, os ônibus fazem parte da vida de milhões de moradores do Rio de Janeiro. E, na verdade, na grande maioria das vezes nossas viagens são tranquilas e sem sobressaltos. Por isso dedico o post abaixo ao motorista de ontem, que infelizmente faleceu, e aos outros milhares de motoristas que vão continuar levando as pessoas nos ônibus que dirigem com prudência e responsabilidade.

As fotos vem de uma apresentação em Powerpoint que recebi por e-mail algum tempo atrás. Infelizmente não posso dar crédito a maior parte delas. Ao olhá-las nos lembramos de um Rio que passou, de uma época que carros e motos não eram tão acessíveis e que a cidade era bem diferente, sem tantos engarrafamentos.

Linha Praça Mauá-Leblon, no ano de 1928  

23 de agosto de 2012

A Ilha de Villegagnon, colônia francesa no Rio em 1555 e atual Escola Naval

O Brasil e mais especificamente o Rio de Janeiro já foi objeto de cobiça de várias nações na época colonial.

Na tentativa francesa de ocupar o Rio de Janeiro, o almirante francês Nicolas Durand de Villegagnon, ocupou e construiu um forte (Forte Coligny) na ilha que hoje leva seu sobrenome . Antes ela era conhecida como ilha de Serigipe pelos indígenas, e como Ilha das Palmeiras pelos portugueses. Em 1560 ela foi retomada pelos portugueses

Antes de se tornar a atual Escola Naval, a ilha de Villegagnon virou a Fortaleza de São Francisco Xavier, cuja construção começou com o Governador Gomes Freire de Andrade em 1733.

Igreja de Santa Luzia

Hoje ao passarmos pela esplanada do Castelo vemos a Igreja de Santa Luzia. rodeada de prédios. 

Mal dá para acreditar que em 1865 ela era cercada pelo mar e tinha apenas uma torre...

E, segundo a Wikipedia, existe a possibilidade que a Igreja de Santa Luzia tenha tido sua origem em 1519..


Foto da década de 1950 mostrando a paisagem ao redor da Igreja de Santa Luzia já bastante alterada.